Corpos de vacas que morreram tentando fugir da água em curral seguem intactos 7 meses após enchentes no RS

  • 28/12/2024
(Foto: Reprodução)
Cerca de 80 animais morreram em fazenda na Vila Mariante, em Venâncio Aires (RS), nas enchentes históricas de maio de 2024. Distrito tenta se reerguer em meio à destruição. Vacas morreram em curral tentando fugir da água que invadiu fazenda em Venâncio Aires (RS) Fábio Tito/g1 A imagem é forte: duas vacas mortas presas às madeiras de um curral enquanto tentavam fugir da maior enchente que atingiu o Rio Grande do Sul em toda a história. Os corpos dos animais permanecem no mesmo lugar desde a tragédia ocorrida em maio de 2024. Eles se somam a dezenas de outros que morreram em uma fazenda da Vila de Mariante, distrito centenário do município de Venâncio Aires (RS), a 130 km da capital Porto Alegre, que tenta se reerguer em meio à destruição causada pelas cheias do rio Taquari. O g1 esteve em Mariante logo após as enchentes atingirem a região, mostrou os impactos das inundações e o sofrimento das pessoas atingidas pela tragédia (relembre aqui). Sete meses depois, série de reportagens mostra a realidade da vila, dividida entre a destruição e o desafio de um novo recomeço. Saiba mais: MARIANTE: O novo recomeço (de novo) Restos mortais da criação de gado que um produtor perdeu nas enchentes de maio de 2024 Fábio Tito/g1 Cerca de 80 animais morreram na fazenda, e outros restos mortais seguem intactos nos mesmos locais onde morreram, enquanto se decompõem. Outros animais são criados a metros de onde os cadáveres estão. Sindicato estima que um único fazendeiro perdeu de 80 a 90 cabeças de gado nas enchentes Fábio Tito/g1 Agricultor e tesoureiro dos produtores rurais de Venâncio Aires, Gilmar Rodrigues de Oliveira afirma que a situação observada na fazenda se repete em diversas outras no município e que os produtores precisam de suporte do poder público. "O produtor está sem saber o que fazer. Nessa propriedade, ele perdeu a renda, que eram os animais e hoje ele não consegue comprar outros para continuar a produção. Questionada, a prefeitura de Venâncio Aires afirmou que ofereceu ajuda para os moradores limparem suas casas e os produtores, as fazendas. Contudo, é preciso solicitar o serviço, o que diz não ter ocorrido naquela área. O dono do local não foi encontrado para comentar a situação. Conheça mais histórias de Mariante: O novo recomeço de Mariante: vila gaúcha de 250 anos arrasada pelas enchentes de 2024 tenta se reconstruir Casa pendurada, carcaças de animais, sofá na árvore: Mariante convive com cenário apocalíptico 7 meses após enchente no RS 'Não tem mais futuro em Mariante': após 66 anos, idoso abandona casa em vila atingida pelas enchentes no RS Idoso que teve casa destruída por enchentes usa auxílio federal para comprar 2 vacas e continuar em Mariante 7 meses depois da tragédia no RS e sem conseguir auxílio federal, pai e filho ainda tentam provar que tiveram casa inundada Áreas verdes diminuem em vila devastada no RS; interferência do homem piora desastre, diz pesquisador Banheiro e escada são o que restam de casa depois de enchentes no RS Ao g1, o governo do Rio Grande do Sul afirmou que promoveu ações na região de Venâncio Aires "desde os primeiros dias da enchente", com repasses que somam R$ 7,9 milhões em recursos para a cidade, entre benefícios sociais às famílias, apoio a empresas locais, reformas de hospitais, unidades de saúde, de educação e infraestrutura. "O município conta com 158 microempreendedores contemplados no programa MEI RS Calamidades. Foi disponibilizado o valor de R$ 474 mil, até o momento, para esse público", diz o governo de Eduardo Leite (PSDB). O governo federal, gerido por Lula (PT) afirmou que destinou até o dia 13 de dezembro mais de R$ 200 milhões em recursos para Venâncio Aires (RS), entre valores para o cuidado com as pessoas, apoio às empresas e medidas gerais para o município. O governo Lula estima em R$ 58,5 bilhões o total de verbas destinadas para a reconstrução do Rio Grande do Sul após as enchentes de maio. Mariante se transforma em vila fantasma 7 meses após destruição com enchentes no RS

FONTE: https://g1.globo.com/rs/rio-grande-do-sul/noticia/2024/12/28/corpos-de-vacas-que-morreram-tentando-fugir-da-agua-em-curral-seguem-intactos-7-meses-apos-enchentes-no-rs.ghtml


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